Inclassificável - Memória da estrada

em sábado, 6 de setembro de 2014 | 0 Comentário
Autor: Mel Fronckowiak
Editora: Rubra
Ano: 2013
Páginas: 96
Gênero: Biografias

A jovem artista de 25 anos é natural de Pelotas, no Rio Grande do Sul, e sempre nutriu o desejo de vivenciar a fundo a experiência de compartilhar sua escrita com outros ouvidos. Uma apaixonada por palavras, estréia com Inclassificável: memórias da estrada, livro escrito durante a turnê do grupo Rebelde, do qual fez parte como atriz e cantora, desvelando cada cantinho do país. Seu registro sensível e fluído, não se pretende um diário de bordo, mas talvez a elaboração sobre sua percepção acerca das peculiaridades que resignificam toda nossa experiencia. Uma viagem por seu universo paralelo, repleto de densidades e teores de rima, mas sem comprometer a leveza que Mel traz consigo por estar realizando um sonha que perpassa, sem dúvida, pelo reconhecimento da poesia cotidiana que é aventurar-se na vida 


Suspeita na hora de falar deste livro pois sou muito fã da Mel. Porém este livro é muito incrível por isso é a minha primeira dica.
Este livro não segue uma sequencia como vários outros, de começo, meio e fim. Ele é misturado mas é incrível você consegue super interpretar.
Em 96 páginas Mel conta sua experiencia vivida durante a turnê da banda Rebeldes pelo Brasil. Em forma de cronicas e prosas poéticas ela mostra cada canto do país, as diferenças, a magia de cada lugar, o sentimento dos fãs. E principalmente ela mostra a sua visão do mundo.
Super recomendo o livro e também sugiro que leiam outros textos e versos da Mel, são incríveis.

Trecho do Livro: "Estrada eu sou, estrada eu vou. E o que seria da estrada se não fosse o movimento? Que triste ou que doce sina levara a todos os lugares sem nunca neles estar. Tenho aprendido com ela que a espera que edifica o tempo, que o estático pode ser a inquietude e que o silêncio conta história nesses erros esquecidos. A estrada nos pertence ou somos nós que já fazemos parte dela."
— Mel Fronckowiak 

A verdadeira magia do sonho

em sexta-feira, 5 de setembro de 2014 | 2 comentários
Não acredito em sonhos. Para mim sonhos são bobagens e perca de tempo.
Essa era a frase que eu mais usei em toda minha vida, mas quis o destino que a deixasse para trás.
Vocês nem devem estar entendendo, mas eu vou explicar desde o principio. E ante que eu me esqueça meu nome é Anne Cristal.
Morei em um orfanato até os meu 4 anos de vida, sabe Deus quem me abandonou, só sei as história das pessoas que trabalhavam lá, e basicamente me encontraram dentro de uma cesta na porta do orfanato. Como toda criança que mora em um orfanato eu tinha um sonho de ter uma mamãe e um papai, o orfanato não era ruim tinha meus amiguinhos e os empregados que eu chamava-os de titia e titio, mas a vontade mesmo era uma mamãe, papai, irmãozinhos e um cachorro a típica família perfeita e feliz. Este fora meu sonho até os 4 anos, rezava todos os dias.
Então em uma manhã que chovia muito, chegava a relampear (só pra constar eu morria de medo de chuva, achava que era algum sinal ruim, e dessa vez realmente era), a diretora mandou chamar as meninas da faixa de idade entre os 3 e 5 anos. Rapidamente coloquei minha melhor roupa e fui torcendo para ser adotada. O Sr. juntamente com a Sra. Vieira passaram a manhã com nós. Quando faltava pouco para as 11:00 eles juntos com a diretora, anunciaram que eu fui a escolhida, da para acreditar que Eu fui a escolhida, dei um pulo para o alto e fui correndo em direção ao meu novo papai e da minha nova mamãe, e abracei as pernas deles, e eles me trataram com frieza, na hora estava tão feliz que nem percebi, ou ignorei. Com ordens sobre mim fui correndo para o meu, agora era meu antigo quarto, e juntei minhas coisas, eram poucas, não tinha quase nada, em 15 minutos tudo já estava pronto. Papai e mamãe só terminaram de assinar alguns papeis e seguimos para a nossa, sim agora eu podia dizer nossa casa, eu finalmente tinha uma casa.
Durante todo o percurso dentro do carro, nós ficamos calados, ou melhor, dizendo eles cochichavam e eu me esforçava para ouvir em vão. Depois de um tempo resolvi aceitar que não conseguiria ouvir, e fui observar a paisagem, raramente eu saia do orfanato e achava incrível o movimento da cidade.
O meu primeiro e talvez maior sonho estava realizado, o que eu não sabia é que ele viraria um pesadelo.
Deixa-me fazer um resumo do que aconteceu comigo até os meus 12 anos.
Papai e mamãe só sabiam trabalhar nunca cuidava de mim, ainda quem cuidou de mim foi a babá que se chamava Celia. Não éramos ricos, mas tínhamos uma condição financeira boa e para recompensar a ausência eles me davam tudo o que eu queria, porém eu não pedia muitas coisas afinal eu não era ambiciosa. Sempre fora frios comigo desde do dia que me adotaram. Como não sabia o dia do meu aniversario eles consideraram o dia que me adotaram. Só que nunca comemoraram, pagava pra mim fazer o que quisesse, mas nunca estava comigo. E assim tive oito anos de sofrimento. Para piorar ainda teve uma traição, dos meus pais a essa altura eu esperava o que fosse, só que essa traição veio de uma pessoa que eu jamais pensei que poderia fazer isso comigo: até então ela era minha melhor amiga que se chamava Ana, nós não éramos popular na escola alias éramos consideradas as “estranhas”, e para poder andar com as “pink’s” (grupinho de meninas que só sabia desmemoriar os que estavam ao seu redor e se achava as populares), as ajudou a me humilhar na frente de toda a escola.
Só que o pior de tudo foi que eu tive vários sonhos, construí e lutei por cada um, porem foram destruídos e os que eu conseguir realizar trouxeram consequências horríveis.
E foi aos 12 anos que eu resolvi fugir de casa, talvez o azar da minha vida fossem meus queridos e adoráveis pais.
Mudei-me de cidade, de escola, arrumei um trabalho, mudei minha vida completamente.
Estava feliz, estava construindo e realizando sonhos. E na nova escola finalmente eu estava me enturmando, não era exatamente popular, mas tinha amizades, e dessa vez tomo muito cuidado ao escolher quem anda comigo para não encontra outra Ana na minha vida.
Podia parecer fácil, mas não era, uma criança de 12 anos se virar no mudo sozinha. Mas eu realmente estava me sentindo realizada, e aqueles cidadãos que se diziam serem meus pais vieram uma vez atrás de mim, nem tive trabalho para dizer que não ia voltar para casa, depois sumiram no mundo, pelo menos do meu mundo.
E dois anos rapidamente se passou, sem muitos acontecimentos importantes. E com eles chegaram meus 14 anos, adolescência, um mundo com muitos assuntos novos, hormônios. E naquele ano entrou um menino super gato na escola ele se chamava Wallyson, e nem preciso dizer que ele era o popular e que qualquer menina da escola dava um braço e uma perna para ficar com ele. E eu admito que ele me encantou, afinal não era de ferro mas não me mataria por ele afinal tinha sonhos a realizar e não me desviaria deles, mas em minha lista de sonhos também tinha um príncipe encantado, e eu esperava de coração que ele fosse meu príncipe, mas sabia que ele nunca me notaria já que vivia no meu canto. É esse paragrafo ficou bem confuso ora queria, ora não, minha cabeça também estava confusa.
E um dia em que eu estava concentrada em um livro Wallyson chegou com o seu sorriso mais perfeito e veio falar comigo, quase desmaiei de emoção. E os dias foram passando e todos os dias nós conversamos, cada dia ficava mais encantada por ele. Ele era incrível... me deixava sem ar. Em alguns dias começamos a namorar. E o que achava que era mais um sonho, começou virar uma tortura, ele me pressionava para podermos ter relações sexuais, e eu sabia que não estava pronta, sentia que ainda não era a hora, com essa minha negação ao que ele queria, vieram as brigas e o namoro foi desgastando. E eu pedi um tempo, o que o deixou irado, mas eu estava decidida.
E ai eu senti mais uma vez a dor de ver um sonho destruído. So que minha decepção com Wallyson não acabou por ai eu descobri que tudo não passava de uma aposta ridícula que ele fizera com seus amigos que me levaria para cama. Pena que ele perdeu.
Passaram alguns meses e neles eu não andava entusiasmada, ficava no meu canto, falava o necessário, alguns diziam que eu estava com depressão, mas na verdade eu só não queria sofrer por causa dos outros.
Eram dez da noite quando eu saia de uma biblioteca publica, fazia um trabalho enorme de física, odiava aquele professor, odiava aquela matéria, mas não vamos falar de física, melhor voltar a trágica história da minha vida. Enfim naquela noite para ir para casa tinha que passar por um beco escuro, morria de medo, lá iam pessoas para usar “baseado” de repente me apareceu Wallyson, por um lado me senti mais protegida com ele ali. Ele me levou para um canto mais afastado, mais ainda no beco,, fiquei apavorada quando ele começou a me beijar e deu para perceber que ele tinha bebido, tentei de tudo mas não conseguir escapar. Ele usou sua força bruta para me abusar. E ali naquele horrível lugar fui estuprada.
Foi horrível, vamos pular de parte, porque isso realmente me deixa mal. E aquele ato deixou uma consequência (além do meu trauma), me deixou gravida.
Eu sabia que a criança não tinha culpa de nada, era meu filho. Devia ama-lo, cuidar enfim ser uma mãe. Porem durante a gravidez eu não tive todo amor, tinha um carinho especial, mas não o amor de mãe. Passei nove meses pensando o que eu faria. E quando nasceu tomei uma decisão, não podia cria-la. Então com muita dor peguei minha menina no colo (sim tinha nascido uma menininha) e arrumei e fiz o mesmo que meus pais fizeram, coloquei a criança dentro de uma cesta e levei para um orfanato. Porem deixei algo a mais, uma carta com o nome dela que era Melanie, e na carta perdia perdão por deixa-la.
Ninguém desconfiara de nada, ninguém sabia que eu estive gravida.
E foi nesse dia aos meus quinze anos que desisti dos sonho e declarei que meu lema seria: Não acredito em sonhos. Para mim sonhos são bobagens e perca de tempo.
A partir daquele dia não deixei ninguém mais pisar em mim, não tinha sonho, tinha metas e ia realiza-las, causasse dor a quem for eu iria cumpri-las. Ninguém se atrevesse a falar em sonhos perto de mim. Estudei e me formei em uma das melhores faculdades de jornalismos do Brasil, e com muito sacrifício eu tinha abrido uma editora de sucesso. Passei todos os dias de minha vida me dedicando 100% ao meu trabalhos. Às vezes me pegava pensando na Melanie, mas logo ia trabalhar para ocupar minha mente. Eu era uma mulher de sucesso tinha a vida que sempre quis e que todos também queriam ter, eu era a Anne Cristal, muitos queria estar em meu lugar, mas eu não era feliz, tentava me convencer que era, mas eu sabia que não. E em questão da minha editora publicávamos de tudo, menos sonhos não publicavam nada que tivesse relacionado a sonhos.
Assim se passaram 15 anos eu usando o meu lema, e agora eu tinha os meus 30 anos.
Hoje tenho um jantar importante, com os donos da editora Rubra, estamos pensando em fazer uma parceria, só não sei se dará certo, afinal os livros deles tem muitos sonhos, muito romance, mas enfim vamos logo para esse jantar.
Ao chegar na casa deles, eles mesmo vieram me receber na porta foram muito  educados e tudo mais, fomos a sala de jantar e ao chegar lá tive uma surpresa, tinha uma menina muito linda, apresentava ter uns 15 anos e me lembrava na adolescência, logo ela veio falar comigo e tive uma emoção repentina, mas logo me retratei e a cumprimentei, e o casal Rubra nos apresentou e disse que o nome dela era Mel, o mesmo nome de minha filha. Estava em choque, mas não demostrei e fomos jantar. No jantar começamos a tratar de negócios e não estava gostando dos gêneros dos livros, até que Mel que nos acompanhava no jantar se pronunciou com lindas palavras, e me fez repensar sobre a parceira. O jantar logo acabou e fui para minha casa. Passei a noite pensando no que Mel tinha me dito, e resolvi que ao amanhecer ligaria para eles para ver o que seria feito. E assim fiz, porem apenas a Natalia Rubra ia poder ir, combinamos de se encontrar na minha empresa.
Naty chegou no horário combinado e começamos com a nossa reunião, não sei com, mas aceitei a fazer um livro sobre sonhos. Mas o que realmente me interessava era falar sobre Mel e sem muitas enrolação disse a Naty: Mel é muito linda, e me parece ser gente boa e inteligente, deve ser um orgulho de filha, mas ela não me parece muito com vocês, fora as outros perguntas que fiz sobre Mel, e resumindo Naty disse o seguinte: Realmente a Mel é encantadora, ela não se parece conosco pois ela é adotada e sua mãe biológica deixou apenas uma carta, amamos ela desde que vimos ela pela primeira vez... Naquele momento tive certeza que Mel era a minha filha, a filha que eu tinha abandonado tudo se encaixava e ela parecia muito comigo e tinha uns traços do desgraçado de Wallyson. Enfim aquela reunião acabou.
Passaram alguns dias e não conseguia tirar aquela história da minha cabeça, um dia que eu estava muito atarefada morrendo de dor de cabeça, Mel veio em minha cabeça, decidida larguei tudo que tinha a fazer e fui à casa dos Rubras. Tive uma conversa seria com o Denis e com a Naty, eles ficaram surpresos e mandaram chamar a Mel em seu quarto. Quando ela chegou à sala eles se retiraram e me deixaram a sós com ela.
Acho que aquele momento foi o que eu tive mais medo em toda a minha vida, depois de tentar enrolar o máximo, ela pediu que fosse direto ao ponto respirei fundo e comecei a contar a história em meio a varias lagrimas, ela ficou em choque com tudo que acabara de descobrir, nesse momento ela chorava tanto ou mais que eu, e ela me disse uma frase que me deixou supressa e com o coração mole: “Te amo mamãe”. Ela tinha me aceitado como mãe, tinha me entendido,, nem sei como explicar o que estava sentindo naquele momento.
Com o passar dos dias eu e Melanie fomos nos conhecendo melhor, e nos aproximando mais, só que ela ainda mora e pretendia morar com os Rubras. Ela me fez ver a vida colorida novamente, ter sonhos, ela me fez a mãe mais feliz do mundo inteiro. Mel tinha sempre uma palavra sabia a me dizer. Daquele dia aprendi o que é viver, o que é ser feliz, aprendi o que é sonho.
Vocês ainda lembram-se do livro da minha editora em parceria com a Rubra Editora, vocês acabaram de ler um resumo dele, obrigado por me deixar compartilhar minhas palavras.
Freitas, Michelle
11/08/14 – 00:10
Juazeiro do Norte – Ceará – Brasil


Apresentação

em sexta-feira, 5 de setembro de 2014 | 0 Comentário
Caro Leitores, Bom dia.
Venho por meio deste apresentar e inaugurar o "Nossos Segredos Poéticos" .
Nossas poesias e textos muitas vezes são segredos e desabafos, e eu os lhe convido para compartilha-lós aqui. 
Neste blog, estarei publicando meus textos e segredos, também conto com vocês para mandar os seus, e se tiver faltando inspiração aqui também terá dicas de livros e de autores.

SEJAM BEM VINDOS E A PARTIDA JÁ FOI DADA, NÃO PERCA TEMPO PARA VIM MERGULHAR NESTE INCRÍVEL MUNDO DAS PALAVRAS.